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Colheita da marcela une crença e ciência.Colheita da marcela une crença e ciência.

27/03/2024 Assessoria de Comunicação

Colheita da marcela une crença e ciência
    A colheita da marcela na Sexta-Feira Santa é uma tradição que se repete ano a ano. A população acredita que a planta é abençoada neste dia. Com isso, a marcela da Sexta-Feira da Paixão passa a ter mais força ainda para combater males como a má digestão
     A crença popular encontra base na ciência. O extrato dela realmente alivia o incômodo da má digestão, afirma a farmacêutica da Emater/RS-Ascar, Caroline Crochemore Velloso, que ressalta a importância da planta em vários aspectos, como alternativa para problemas digestivos, por ter uma ação que estimula todos os hormônios no sentido da digestão. 
    Também é uma planta antiinflamatória e ainda pode ser usada para cosméticos como em fórmulas para xampus, para clarear o cabelo, sendo ainda importante para a limpeza dos olhos em casos de algum tipo de infecção ocular. Caroline diz que as pessoas só lembram da marcela no período que antecede a Páscoa, e que a mobilização para a colheita nesse período chega a ser muitas vezes desenfreada. 
    A planta nativa símbolo do Rio Grande do Sul, tem diminuído muito de um ano para o outro, sendo um dos fatores a questão dos agrotóxicos nas lavouras, mas muito se deve ao fato da planta não ser cultivada. “As pessoas devem ter a preocupação de não arrancar o pé inteiro”, salienta a farmacêutica. Segundo ela, uma alternativa para o problema seria recolher as sementes que ficam no fundo do pacote ou do vidro onde se guardam as flores, e jogá-las na terra no período de setembro a outubro. Uma dica é não enterrar muito as sementes, já que a planta necessita de bastante sol. 
    Outro cuidado que se deve ter é em relação à origem da marcela. As plantas colhidas na beira da estrada possuem muito monóxido de carbono liberado pelos veículos e isso estará inserido nos princípios ativos da planta. Portanto, deve-se evitar colher marcela nessas condições. Para quem vai comprar a planta, vale perguntar sobre a procedência do produto, para que se tenha a segurança e a ação esperada, conclui Caroline Velloso.
Fonte: site do Governo do Estado do RS; Publicação: 12/04/2006 às 09h47min.





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